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8.17.2013

E assim disse.

Sou buquê de flores num buraco negro                        Sou piegas preso num antiquário
Sou a anarquia burlesca, o canto desvairado
Sou o peito cheio na praça vazia

Sou o gato, o gatuno, o gatilho
Sou o calar da noite num sussurro vazio
Sou o macabro desejo de profanar
Esse mundo de Deus, a Deus dará

Sou impala, poesia marginal
Sou  nonsense, o artista circense
Sou o cansaço da longa viagem
Sou extensão ínfima da natureza

No empilhado das coisas vida
Amor, que é isto? Pedra fundamental?
No resultante do que sou
Sou tudo menos tudo, sou zero.

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