Lá fora, essas vidas
São apenas vozes
Vozes que lamentam
Sua ociosa existência
Implicam em minha mente
Que observo, descrente
Dente rangendo no dente
Devo mesmo ser demente
Risos e sorrisos
Em lares frios, corações frios
Uma grande irrelevância
Diante de tanta semelhança
Como que em meio artístico
Uma comédia, ao olho vivo
Tal aquele que enaltece
A mórbida apresentação
Sol que bate, resplandece
Por um instante, quase acredito
O que era riso, agora é grito
É cena, é deboche
Do palhaço, do fantoche
Que envelhece, vive
Ou não vive, mas sorri
Ou grita, ou se exalta.
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