Declaro ao mundo
Que de certo me agrada
Tudo aquilo que for sutil
E só digo por dizer, que o explícito
Me causa repúdio, por razões eloquentes
Que são mais profundas que o próprio repúdio
Fato é que, é enfadonho
O efusivo, que por si só
É desnecessário e dá um nó
Na consciência daqueles que o rejeitam
Talvez por consciência
Da perca brutal de naturalidade
E de essência, por fatalidade
Sinto-me bem, portanto
Por e em tudo aquilo
Que se segue e se desenvolve
Ausente de displicência
Que surge com volúvel iminência
Como um afago sincero
Ou qualquer palavra dita com esmero
Abranda e traz conforto
Com sutilidade, adorável sutilidade.